domingo, outubro 22, 2006

A noite quase perfeita

Dizem que depois da tempestade (leia-se exames) vem a bonança. Bem, a avaliar pelo tempo a tormenta veio para ficar, no entanto, ontem a noite foi quente. Muito quente...

Findo o primeiro período de aulas e exames, decidimos sair (o Henrique ficou em casa). Como não o fazíamos há largas semanas, a resistência ao libertar as 100 coroas pela entrada foi quase nula. Quase. Depois do reconhecimento geral, depositámos os casacos no seu devido lugar. 20 coroas, sempre a somar… Ainda com a discoteca a meio gás, encontrei uma moeda de 50 ör (cerca de 5 cêntimos) abandonada na pista de dança. Claro que fiquei com ela. Com o passar do tempo, o espaço foi ficando mais composto, propício para mostrar ou apreciar os dotes dançarinos de quem os exibia. E aqui temos a primeira lição da noite: dançar com suecas não é para quem quer, é para quem sabe. Escusado será dizer que sabedoria não nos falta…

Por volta das 3h e com as pernas a pedirem descanso, decidimos parar. Era altura de levantar os casacos e voltar para casa. Situação inédita e impensável, o meu casaco não estava lá. Incredulidade, em nós e nos empregados. Depois de tentarem perceber o que tinha corrido mal e algumas questões sobre o casaco, mandaram-me voltar no dia seguinte na esperança de o encontrarem… algures. E aqui temos a segunda lição: a honestidade não compensa. Porquê? Disse que o casaco era novo e que me tinha custado 150 euros. Verdade seja dita, o agasalho já tinha uns bons 5 anos. Mais, o ano passado estive para comprar outro devido ao seu aspecto… ruço. Ainda bem que não o fiz… Concluindo: Hoje voltei lá, infelizmente (para eles), casaco nem vê-lo. Ainda tentaram impingir-me 1000 coroas. Em vão. Com uma certa frescura, voltei para casa com a carteira recheada (1500 coroas). Fica a mágoa de não ter pedido mais…


5 Comments:

At 5:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Este episódio passou-se há alguns anos (muitos), num clube recreativo (ainda não havia discotecas…).

Sem casaco, sem chaves de casa… a opção foi a de ir dormir a casa de um colega. Nem imaginas o que os avós passaram… o seu menino não havia meio de aparecer… Telefonemas para o hospital, polícia, tudo em vão.

No final do dia e já recomposto da noitada, lá apareci sorridente… só então me apercebi da aflição que lhes causei. É caso para dizer que a história repete-se…

Não me fica bem dizer que, noutra ocasião, faltando o meu casaco trouxe outro, para casa (com melhor aspecto). Mas, os tempos mudaram... em vez de aplaudir o teu gesto, tenho que o recriminar.

"Só" 1.500 coroas?... Não podias ter ”exigido” mais?

NÃO TE POSSO PERDOAR!...

 
At 6:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ruka:

Bem, parece-me que estava a adivinhar que não devias ter levado esse casaco para Estocolmo.

Lembras-te de te dizer que já estava muito ruço e respondeste-me que ia ser moda na Suécia! Também tu estavas a adivinhar, hum?!

Bom filho, conselhos como o do teu pai não te posso dar… já basta saires a ele...

Que sejam esses todos os problemas.
Beijinhos grandes da mãe.

Any

 
At 6:59 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ruka

"Atão" nesse país também se levam casacos "por engano" em lugares públicos? Julguei que fosse só cá pelo "tercêro" mundo. "Tá ceeerto"!
Mas, pelos vistos, não ficaste a perder, e nem podias, claro.
E, quanto à vossa vida académica, nesse país, mesmo que não tenha corrido tão bem como o desejado, até à presente data, força rapazes, "p'ra frente é que é o caminho" . Dos "frascos" não reza a História. Só dos "garrafões"
Falas em "tempestade"... por aqui chove, até dizer chega!!
Um abração dos teus avós

 
At 10:39 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Rui Miguel!

O desfecho só podia ser esse. Filho de peixe... Não és filho de bancários? (A tua mãe que me perdoe..) Aprendeste bem a lição! Há que valorizar o produto!
Se calhar a tua área seria mais economia, que achas?...
Estiveste bem. Os suecos que se cuidem!
Beijos

 
At 2:38 da manhã, Anonymous Anónimo said...

*..."Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É Atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...."...*

Fernando Pessoa


Mesmo enganado o pessoal aí na Suécia com preços falsos de casacos.. sejam felizes! =) lol

Hoje deu-me uma tristeza de saber que nao vos vou ter nos meus anos..que afinal nao é em Dezembro que vos vou ver, que vos vou abraçar... Aiii Saudade! *

Fazem-me Falta! *

Beijinho Grande

 

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