sexta-feira, agosto 25, 2006

Planos por água abaixo

Na terça-feira passada escrevia o Ninja:

---Quarta-feira, dia 23 de Agosto---

Dia solarengo, esperamos nós. Até à data só temos combinada uma saída para a discoteca The Vibe. (…) Sendo nós pessoas importantes vamos estar na lista e caso consigamos chegar antes das 11 da noite não pagamos entrada.

-- Quinta-feira, dia 24 de Agosto ---

(…) Após o jantar seguimos para a discoteca mais próxima da nossa residência, Grand Garbo.”

Passemos aos factos: dia 23 foi o mais cinzento desde que aterrámos. Choveu até fartar. Ainda assim, tal como planeado, saímos. Com a pontualidade que nos caracteriza, chegámos à discoteca 5 minutos antes do término da entrada livre. A inabalável confiança em ver as letrinhas mágicas na lista depressa se transformou num enorme terramoto de incredulidade. A lista estava lá, os nossos nomes não. O pesaroso porteiro, num acto de extrema bondade, disse que nos deixava entrar… a troco de 100 coroas. Simpático. Não querendo abusar da boa fé, rejeitámos, agradecidos, tamanha dádiva. Não pagámos e, claro está, não entrámos. Regressámos a casa com um enorme melão (e não só…) mas crentes na grande saída do dia seguinte. E é nestas alturas que os prognósticos devem ficar para o fim do jogo. A discoteca encerra à quinta. Optámos por passear em Estocolmo. Numa das praças da cidade, pedimos a um grupo de jovens (1 rapaz e 3 raparigas) para nos tirar uma fotografia com o cuidado de enquadrar o monumento que atrás de nós emergia. Disparo complicado. As dimensões do objecto lançavam apostas sobre o nível de corte (na foto) no nosso corpo. Pés? Pernas? Cintura? A cintura ganhou. Nada mau. Depois disto e de uma boquinha, em português para só nós percebermos, a dizer que estava na altura das meninas tirarem uma foto connosco, uma delas pergunta (com um português genuíno) se somos portugueses. Barraca! Estava também em Erasmus. Com um elevado grau de confiança, estabelecido numa conversa em inglês de 2 minutos, pergunta-nos, assim como quem não quer, se todos eles podiam dormir nos nossos quartos. Estupefacto, hesitei… mentalmente entre o não e o no (em inglês) para todo o grupo perceber. O Henrique, mais correcto, fez-lhes ver o quão distante nós morávamos e como eles ainda queriam ir para a zona dos bares, já não teriam hipóteses de voltarem connosco. Que pena!

Profundamente entristecidos e arrependidos por não gozarmos da companhia dos nossos amigos de longa data, acabámos por voltar para casa sozinhos, a cismar: jogamos PES ou não?...

PS: Ressalvo que qualquer interpretação com sentido irónico sujeita-se a estar totalmente correcta.


10 Comments:

At 11:13 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Paciência, Rui! Muitas vezes os planos saem gorados. Talvez hoje consigam a tão desejada saída nocturna, bem baratinha.
Os familiares do Risota já se encontram por aí? Se puderem, transmitam à mãe, Graça Pedro, que lhes desejo uma boa estadia, esperando também que ela não se esqueça de observar como os suecos tratam a matemática... Quem sabe se ela não nos traz excelentes ideias para o Plano Nacional para a Matemática, a implementar este ano lectivo!... A senhora ministra agradece, assim como todos os portugueses.
Para todos uma boa sexta-feira.
Beijos

 
At 1:10 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Azar! E como um azar nunca vem só, também teriam que encontrar esses portugas..., nada interesseiros, pelos vistos!!
E o tempo? Continua a chuva? Cá por estas bandas... nem calor, nem frio, antes pelo contrário! Creio que o verão já deu o que tinha a dar. Logo, logo, vem o outono.
Um beijão da avó tina

 
At 4:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pois é maninho... nada melhor do que uma saída falhada e de uma boa barraca à frente de outros tugas... :P é uma boa maneira para se habituarem aos dias que se aproximam (julgo que por aí também se estuda...) e começarem a pensar nas notas... :p
Beijinhos *

 
At 9:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Hej!
Jag héter Nini och kómmer frän Leiria. Vad héter du? Hur har du det? Skapligt?...
Adjö. Hej dá!
En god tánke. God natt.

 
At 11:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

es verwendet zum Vorteil der Tag :) ...até porque, e ao que julgo saber, têm um alemão aí à mão...

Divirtam-se.

Abraço.

 
At 1:46 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ruka & Companhia

Allt väl? (1)
Já notaram que se fala mais sueco em Leiria do que em Estocolmo?
Kan det vara sant? (2)
Para quando a partilha do vosso novo vocabulário?
Jag kan bara letet Svenska (3)

(1) tudo bem?
(2) é verdade?
(3) só falo um pouco de sueco

Já agora e para terminar aqui vai uma que pode dar jeito
Hon ar sa sot (*)

(*) esta têm que ser vocês aí a traduzir, caso não consigam dou uma ajuda.

P.S. Nini fico à espera...

 
At 4:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Gammal, välkommen!
God kväll!
Jag behöver hjälp... Tyvärr talar jag inte svenska.
Hej dä!
Nini

 
At 7:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

é so p mandar uma bjoka visto a inspiraçao hj ser pca ou nenhuma * *

 
At 9:35 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá Rapazes!
Puxa vida, não têm sidos dias nada fáceis!Só contrariedades!...(Ah,Ah!)Bem, agora falando sério, tudo isto faz parte das vivências para mais tarde recordar. E a vida é isso mesmo, momentos bons e outros nem por isso. Do fundo do coração vos desejo que as contrariedades que vão encontrando aí e pela vida fora sejam semelhantes a estas...
Para todos vós um abraço cheio de saudades da Any

 
At 6:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá pessoal (em especial para o Henrique)

Estava longe de imaginar que a receita das coxas me levasse até ao “Mastro das Alminhas” (adorei). Para quando as próximas?

 

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