segunda-feira, novembro 27, 2006

Desportos

Quinta passada voltámos ao Globen. Desta feita para um jogo de hóquei no gelo. Leigos na matéria, tivemos de pedir explicações para compreender algumas regras básicas deste desporto, sempre que a partida parava aparentemente sem motivo. Ainda assim, saímos de lá com um conceito renovado da palavra ‘falta’. Tudo isto porque empurrões e sandwiches contra a tabela de fundo são perfeitamente legais (e aplaudidos).

Como ver desporto não chega para emagrecer, Domingo decidimos jogar futebol de modo a aproveitar o dia solarengo. Ficámos perplexos com as infra-estruturas existentes para a prática desportiva, seja futebol, atletismo ou hóquei no gelo mesmo aqui ao pé de casa. De borla, claro está.

De momento, o nosso único problema reside na indecisão relativa à compra de uns patins para deslizarmos no ringue. Será que o preço destes vale os trambolhões garantidos? A ver vamos…, de preferência em pé.


quinta-feira, novembro 23, 2006

5 Dias Diferentes

Tal como já escrevemos, dia 16 chegaram os “meus” turistas. Carregados de mantimentos e boa disposição. Na primeira noite, brindaram-nos com um magnífico jantar: frango e calamares. Seguiu-se uma animada conversa trilingue (português, inglês e alemão) com pevides e tremoços a acompanhar. Escusado será dizer que os alemães adoraram o pitéu amarelo. Antes de amanhecer, o Tiago mostrou como é que se jogava poker (Cá para nós, sorte de principiante).

Com a minha fé inabalável, garanti que estava pronto às 10h da manhã do dia seguinte para acompanhar os visitantes por Estocolmo ao mesmo tempo que serviria de guia. Claro que acordei a tempo... de mandar a mensagem para seguirem sem mim! (As noites de poker deixam marcas…). Ainda assim, consegui encontrar-me com eles a tempo de um café nocturno (por volta das 17h). Segundo dia na Suécia, segundo jantar oferecido pelos turistas. Desta feita, o Tiago presenteou-nos com uma massa com miolo de camarão acompanhada por um molho (natas, cebola e cerveja) e ainda cogumelos e pepinos salteados. De salientar a diferença de qualidade no nível da conversa antes e depois do jantar.

No sábado, a minha irmã ofereceu-nos sopinha. De seguida, saímos todos para um bar em Slussen. A primeira impressão foi extremamente positiva: as bebidas eram baratas! Até nos apercebermos que o preço indicado era por centilitro (como mera curiosidade, as bebidas brancas rondavam as 15 coroas o centilitro). A noite estava a correr tão bem, que ainda vimos o meu Benfica perder 3-1 com o Braga. Findo o jogo, era tempo de ir para a disco. Apesar da insistência, fomos só os quatro. A idade já não perdoa e os ‘cotas’ seguiram para casa. A entrada na discoteca já vocês conhecem…

No domingo, antes do jantar, durante o animado jogo de guillotine a prima Catarina mostrou a sua habilidade e/ou magia com as cartas (no bolso!). Neste dia, coube ao Henrique confeccionar as já famosas coxas de frango com molho de cerveja preta. As visitas adoraram. Destaque ainda para o livro que nos ofereceram sobre… Poker! É desta que vamos enriquecer.

Segunda-feira jantámos mais cedo que o habitual (mais uma vez o Tiago mostrou os seus dotes culinários) para irmos ao Absolut Ice Bar de Estocolmo. Até os copos eram comestíveis. Já em casa, o Tiago sentiu na pele e no bolso a limpeza resultante da leitura do livro!

Sem mais a relatar, agradecemos a comida, a boa disposição e principalmente a vossa visita.


segunda-feira, novembro 20, 2006

Cortes

Estamos cada vez mais prendados.


domingo, novembro 19, 2006

Honestidade...

Quinta-feira chegaram as visitas do Ninja: a prima Catarina, a mana Carla e noivo Tiago ;). Com eles trouxeram nozes e pinhões descascados, pescada do Chile, maruca, bacalhau, tremoços, pevides, pão com chouriço, pão caseiro, chouriço, argolas, bolinhos, manteiga, marmelada, frango, lulas (calamares) e um doce de abóbora retido em Londres… Atentados? Só o facto de nos privarem dele… (Não levem a mal se me esqueci de algum acepipe). Fica aqui o nosso agradecimento a todos os que contribuíram para estas férias da carne grelhada.

Rumando ao título do post, hoje à noite fomos até à discoteca habitual, Berzelli Bar. Já habituados a não chegar a horas e enfastiados de despender 100 coroas per capita para entrar, decidimos forjar o carimbo que se recebe depois de pagar. Com uma caneta de acetato, replicámos a marca que nos garantia livre acesso à pista de dança. Com um misto de confiança (aparente) e inocência dirigimo-nos à entrada e esticámos o braço. Suspense… Será que conseguimos?... Sempre disse que estes suecos são demasiado honestos… e anjinhos. Já a rejubilar, após termos ultrapassado o porteiro, eis que o impensável acontece. Novo pedido para mostrar o carimbo. Falso alarme. A arte da cópia assegura-nos, mais uma vez e finalmente, o acesso gratuito à discoteca. Com duas cadeiras de gestão neste semestre, os resultados estão à vista…


quinta-feira, novembro 16, 2006

O passado mora ao lado...

Quarto 502(do Risota). A noite já não era uma criança e havia trabalho por fazer. A maturidade dos 21 anos ordenava descanso. No entanto, a presença deles não passava indiferente. Ainda assim e após um interregno de 9 anos, ganhámos coragem para mais um joguinho de birlas, guelas, ou comummente, berlindes com uma barroca improvisada. Sem ser ao rapa, para ninguém ficar triste. Temos de reconhecer que a idade já é outra e a técnica não é a mesma. As vitórias eram provocadas mais pelo demérito do que propriamente pela perícia dos jogadores. Ainda assim, foram repartidas de igual modo.

António Nogueira (para os amigos) dizia que “raiva não ter trazido o passado roubado na algibeira”. Equivocou-se. Raiva é ter o passado agarrado nos dedos e ver a coxice (outrora inexistente) levá-lo sem piedade. Desconfio que o problema esteja nos berlindes suecos, são mais redondos…


segunda-feira, novembro 13, 2006

Mais Saudades

Já passou tanto tempo desde que vi o meu gato, desde que me deitei na minha cama (que esta não é minha), desde que entrei no meu carro e passeei na Marginal. Tenho saudades de tomar cafés no Riviera ou no Junqueiro, do sol e da praia de Carcavelos.

Os dias aí têm sido lentos, eu sei. Não chega o dia da chegada, e apesar de um dia a seguir a outro nos deixar mais perto de casa, não nos sentem mais próximos. Eu sei.

Há por cá saudades da neve, mas muitas mais de todos vocês. Saudades da Graça, da Maria Rosalina, da Any, da Graça, da Joana, da Rita, da Shorty, da Sara, da Carla, da Sofia, do João, do Rui, do Armindo, do Luís, da avó Graça, da avó Dores, da avó Tina, da avó Rosalina, do avô Pascoal (e dos outros avós que desconheço, perdoem-me), e de todos os outros amigos que ocupam tanto espaço dentro de nós e que aqui não consigo listar.
Se alguém se der ao trabalho de verificar, está aí uma pessoa que não é família. Desculpem os restantes amigos a discriminação, mas quem conhece percebe.

É um preço grande a pagar, esta saudade, pela vida que nos está a fazer cada vez mais Adultos com A grande aqui na Suécia. Pagamos nós e pagam vocês, bem o sabemos.

No tempo de dizer "cangalheiro" em sueco estamos aí, pessoal, para dar todos os abraços e beijinhos que têm feito (muita!) falta, para contar as mil histórias da terra do frio, e para finalmente, depois de 6 meses, nos sentirmos em casa.

Temos falado muito com alguns, menos com outros, mas de certeza que todos o sabem:

Temos também saudades...de vocês todos.


Aqui também se estuda…

Kista, embora comece com ‘K’ lê-se com ‘X’, Xista. A maior parte dos dias saímos nesta estação em direcção à universidade, IT-universitetet. A universidade consiste numa parceria entre a Stockholm University e o Royal Institute of Technology (KTH). Kista é considerada a Silicon Valley sueca. Como podem constatar o ambiente de estudo é bem distinto do português.

As diferenças não se ficam pelo ambiente. As salas de aulas são bem díspares das lusitanas. Cadeiras almofadadas, algumas delas com microfone, outras com câmaras de filmar, mas como “uma imagem vale mais que mil palavras” não me vou alongar.

A existência de diversas cozinhas, pelo menos uma por piso, presentes na universidade, surpreenderam-nos bastante. Todas elas têm microondas, lava loiças, entre outros utensílios, concluindo, estão bem equipadas. Existem espaços amplos, um pouco por todo lado, com sofás e mesas, destinados, pensamos nós, ao relaxamento e convívio durante os tempos livres entre as aulas. Eu e o Ruka confirmamos que os sofás são confortáveis. Até demais…

Falando das cadeiras, todas elas são dadas em inglês, felizmente! O sueco é só para alguns…

O semestre está dividido em dois períodos, com exames no final de cada um deles. A diversidade de alunos nas turmas é surpreendente, Singapura, China, Japão, Índia, Paquistão, Bangladesh, Brasil, Alemanha, França, Espanha, são alguns dos países representados. Por incrível que pareça suecos não abundam.

No meio de tantas condições e conforto, esperamos um rendimento académico à altura…


quarta-feira, novembro 08, 2006

Temos...


... da neve. :)


sexta-feira, novembro 03, 2006

As fotos prometidas


quinta-feira, novembro 02, 2006

Let it snow...

Ela chegou. E nos próximos 3 meses tem presença assegurada. Mesmo enregelados, fazemos a festa…

Senhores e senhoras, deliciem-se:


quarta-feira, novembro 01, 2006

Efemérides II

Sábado jogou-se futebol. Depois de largas semanas sem qualquer actividade desportiva, é óbvio que as pernas se ressentiram. No entanto, há coisas que nunca mudam, mesmo ferrugentos, lá brilhámos. Por falar em esplendor, o do Sol já teve melhores dias, os amenos 5º C durante a prática desportiva foram, no mínimo, cortantes… Mas nem só de desporto nos alimentamos. Depois do partidazo, jantar na associação portuguesa. Como não estávamos muito atrasados, ainda havia tempo para cortar o cabelo ao Ninja...

Passemos à ementa: sopa de camarão (só para alguns, como devem calcular, o barbeiro e o Ninja nem a cheiraram), arroz de feijão com pataniscas e pasteis de bacalhau. Para matar saudades. Seguiu-se uma passagem relâmpago numa festa em Västra skogen, organizada por malta tuga. Mas o destino da noite estava há muito traçado. Festa no Nymble (edifício no main campus da universidade) para comemorar o fim dos exames. Uma hora, na rua, para entrar com zero graus… de temperatura, já que de álcool… Salvou-nos o calor humano.

Na terça-feira, magusto. 8kg de castanhas vindas de Portugal chegaram e sobraram para uma noite de alegre convívio com o resto da malta tuga, onde a música da nossa infância marcou presença. Por volta das 2h, tocaram à campainha. Nada de novo. Era o nosso bom e velho amigo, o tolerante segurança. Dissemos que a festa já tinha acabado. Sem problemas. Ficamos à espera do próximo encontro…

PS: Problemas técnicos impediram a divulgação de algumas fotos sobre os eventos acima relatados.