quinta-feira, agosto 31, 2006

O fim das férias

30 de Agosto. Dia especial. Faz quatro semanas que chegámos e, bem mais doloroso, último dia de férias. Para alguns. O Henrique tem direito a mais duas semanas de boa vida. Cursos fáceis (Sim, é o mesmo!). De modo a aproveitar de forma valorosa o derradeiro dia, decidimos visitar, com tempo, Skansen, o primeiro museu ao ar livre do mundo. Tudo isto porque as 150 casas e edifícios de lavoura que este possui a retratarem tempos passados fechavam às 17h. Um almoço excepcionalmente madrugador possibilitou a entrada no recinto às 14h com a carteira 80 coroas mais leve. Nada barato, mas eu sou o forreta…

Vimos bolos caseiros, porcelanas, pessoas a trabalharem o vidro, tipografias e mais uns quantos artesãos. Vagueámos por jardins de rosas, panóplia de ervas, árvores. Verde, muito verde. Como a Suécia. Mas Skansen não se esgota nisso. Além da preservação do folclore e das tradições suecas, ostenta um jardim zoológico com animais nórdicos. Destaque para renas e alces, por norma só presentes no nosso imaginário. Com o enorme recinto razoavelmente observado, abandonámos o museu pela loja dos inevitáveis souvenirs. Temos noção que muito ficou por ver, nomeadamente o aquário, mas as pernas já não davam para mais… ou seria a carteira?...

Já em casa, recuperámos energias com um belo e delicioso (isto é romance) peixe cozido. Bolo de chocolate feito pelo Henrique a rematar. Tiro indefensável. Como alunos precavidos e estudiosos iniciamos a robusta preparação académica, que nos garantirá rendimento máximo num esforço mínimo, com um joguinho de PES. Nos exames veremos quem ganha…

PS: As fotos ficam para depois, há que fazer render o (bom) peixe…


segunda-feira, agosto 28, 2006

Visita por Estocolmo!

Aproveitando a visita do nosso amigo César e como o tempo aparentava uma estabilidade fora do comum, decidimos ir passear pelo centro de Estocolmo! Excepção feita ao Henrique que teve de se ausentar devido a compromissos familiares e ao Risota que ficou a estudar para o exame de sueco.

A aventura começou em T-Centralen. Deambulando pelas ruas Drottninggatan, Kungsgatan, Hamngatan entre outras, lá fomos descobrindo o centro de Estocolmo. Como se pode constatar o dia se calhar não foi o mais indicado, já que espaço havia pouco.

Em Hötorget esperávamos encontrar um mercado com uma variedade infindável de produtos frescos à venda, pura ilusão. Mercado até havia agora produtos frescos não. Logo ao lado situa-se o salão de concertos, Konserthuset. “Versão nórdica de um templo grego, é uma obra-prima do arquitecto Ivar Tengbom e um magnífico exemplo do estilo neoclássico da década de 20.” Já sofreu dois restauros, o primeiro em 1911 e o segundo em 1993-6, ambos realizados por membros da família Tengbom. No exterior encontra-se a escultura Orfeu, da autoria de Carl Milles. Actualmente é a sede da Orquestra Filarmónica da Suécia e é o local das nomeações do Prémio Nobel.

Seguimos em direcção a Sergels Torg, onde se localiza o obelisco de vidro e o Kulturhuset. Sergerls Torg é uma praça com dois níveis, o inferior para os peões e o superior para o tráfego. No centro da praça localiza-se o obelisco de vidro, erguido em 1972, da autoria do escultor Edvin Öhrström. Durante a noite o obelisco é iluminado. Foi nesta praça que há uns dias atrás tivemos o nosso encontro imediato que o Ruka relatou no post anterior. O kulturhuset embora ficasse no caminho não teve a oportunidade de conhecer os três aventureiros.

Sem perder tempo caminhámos para Riksdagshuset, edifício do parlamento, inaugurado em 1905. É constituído por dois edifícios, um antigo e um mais recente. Estão ligados por passagens subterrâneas fazendo um total de 130 000 m2. Existe uma galeria com uma vista impressionante, mas por infortúnio não visitámos.

Em passo acelerado fomos visitar o Palácio Real, Kungliga Slottet. Como costumamos chegar sempre a tempo, resolvemos não abrir uma excepção e, claro está, quando íamos para visitar o palácio por dentro já os simpáticos funcionários se preparavam para encerrar os aposentos reais. Pouca sorte. Sem que a nossa moral ficasse afectada continuamos a nossa visita pelos arredores do palácio.

A fachada sul do palácio fica voltada para a praça que contém o obelisco de Louis Jean Desprez, erguido em 1799, com o intuito de agradecer aos cidadãos o apoio à guerra de Gustav III contra a Rússia, entre 1788-90. No pátio exterior encontram-se vários canhões, é neste mesmo local que ocorre o render da guarda ao meio-dia.

Insaciáveis, dirigimo-nos para Kungsträdgården, considerado o ponto de encontro e centro recreativo mais popular da cidade. Nas imediações do jardim encontra-se a estatua de Karl XII, da autoria de Molin, construída em 1868. Também nas proximidades do jardim se encontra um dos cafés mais conhecidos de Estocolmo, Café Opera.

Por fim, completamente estafados, decidimos voltar a casa.


sexta-feira, agosto 25, 2006

Planos por água abaixo

Na terça-feira passada escrevia o Ninja:

---Quarta-feira, dia 23 de Agosto---

Dia solarengo, esperamos nós. Até à data só temos combinada uma saída para a discoteca The Vibe. (…) Sendo nós pessoas importantes vamos estar na lista e caso consigamos chegar antes das 11 da noite não pagamos entrada.

-- Quinta-feira, dia 24 de Agosto ---

(…) Após o jantar seguimos para a discoteca mais próxima da nossa residência, Grand Garbo.”

Passemos aos factos: dia 23 foi o mais cinzento desde que aterrámos. Choveu até fartar. Ainda assim, tal como planeado, saímos. Com a pontualidade que nos caracteriza, chegámos à discoteca 5 minutos antes do término da entrada livre. A inabalável confiança em ver as letrinhas mágicas na lista depressa se transformou num enorme terramoto de incredulidade. A lista estava lá, os nossos nomes não. O pesaroso porteiro, num acto de extrema bondade, disse que nos deixava entrar… a troco de 100 coroas. Simpático. Não querendo abusar da boa fé, rejeitámos, agradecidos, tamanha dádiva. Não pagámos e, claro está, não entrámos. Regressámos a casa com um enorme melão (e não só…) mas crentes na grande saída do dia seguinte. E é nestas alturas que os prognósticos devem ficar para o fim do jogo. A discoteca encerra à quinta. Optámos por passear em Estocolmo. Numa das praças da cidade, pedimos a um grupo de jovens (1 rapaz e 3 raparigas) para nos tirar uma fotografia com o cuidado de enquadrar o monumento que atrás de nós emergia. Disparo complicado. As dimensões do objecto lançavam apostas sobre o nível de corte (na foto) no nosso corpo. Pés? Pernas? Cintura? A cintura ganhou. Nada mau. Depois disto e de uma boquinha, em português para só nós percebermos, a dizer que estava na altura das meninas tirarem uma foto connosco, uma delas pergunta (com um português genuíno) se somos portugueses. Barraca! Estava também em Erasmus. Com um elevado grau de confiança, estabelecido numa conversa em inglês de 2 minutos, pergunta-nos, assim como quem não quer, se todos eles podiam dormir nos nossos quartos. Estupefacto, hesitei… mentalmente entre o não e o no (em inglês) para todo o grupo perceber. O Henrique, mais correcto, fez-lhes ver o quão distante nós morávamos e como eles ainda queriam ir para a zona dos bares, já não teriam hipóteses de voltarem connosco. Que pena!

Profundamente entristecidos e arrependidos por não gozarmos da companhia dos nossos amigos de longa data, acabámos por voltar para casa sozinhos, a cismar: jogamos PES ou não?...

PS: Ressalvo que qualquer interpretação com sentido irónico sujeita-se a estar totalmente correcta.


quarta-feira, agosto 23, 2006

Mudanças...

Dizem que às vezes é preciso mudar. Aceito. Estagnar é morrer. Tolero. Deixar de ser forreta? NUNCA! Claro que tudo isto tem um custo, não monetário obviamente. Eu explico. O cabelo já pedia um corte. Os preços mais baixos rondavam as 200 coroas (pouco mais de 20 euros). Inverosímil. Decisão mais sensata: cortar o cabelo em casa com a máquina do Henrique, confiando na VASTA experiência e know-how do Risota. A ideia era simples, fazer um corte fashion, com uma crista mais ou menos aerodinâmica. O corte começa tranquilamente à máquina 3. Pouco depois surge o inexplicável: como que por vontade própria, a máquina decide passar para pente 1. Nada de grave. Só levou um terço de cabeça até o barbeiro perceber que aquele pente 3 estava estranhamente curtinho. Mesmo achando que uma palavra vale mais que 1000 imagens, por aqui termino, com fotografias do antes e depois.


PS: Análise estética: uma verdadeira bosta! A minha análise: baratinho!


terça-feira, agosto 22, 2006

Plano: Com muitos planos!

Muitos ansiavam por este momento e, finalmente, chegou! Não, não foi mais uma cena simples, mas sim o MEU primeiro post escrito na Suécia.

Finda a introdução vamos aos planos.

--- Segunda-feira, dia 21 de Agosto ---
Dia chuvoso… mas nem isso abalou a convicção da armada lusitana. Tarde bastante ocupada com o passatempo preferido nos últimos tempos. Dois comandos, uma consola e o jogo Pro Evolution Soccer 5, é diversão garantida. Depois da tarde extremamente preenchida seguiu-se um jantar em Lappis. Após uma hora de tormenta, lá chegámos à terra prometida. O jantar tinha como pretexto a integração dos novos portugueses, Ana e Pedro. Esparguete à bolonhesa foi a comida típica portuguesa… bem saborosa, principalmente para o bolso.

--- Terça-feira, dia 22 de Agosto ---
Dia menos chuvoso, mas mesmo assim com alguns aguaceiros. A Tarde promete, o nosso amigo Luís vai estrear a máquina de cortar cabelo no cabelo do Ruka. Se correr bem talvez peça ao nosso Marco Aldani para cortar o meu cabelo. Por volta das 8 temos um jantar em Tyreso, residência onde mora o Bruno. A ementa ainda não está definida… confirmados só mesmo os quatro litros de Coca-Cola e muita diversão.

--- Quarta-feira, dia 23 de Agosto ---
Dia solarengo, esperamos nós. Até à data só temos combinada uma saída para a discoteca The Vibe. Como não poderia deixar de ser os amigos de Sundbyberg irão acompanhar-nos nesta aventura. Sendo nós pessoas importantes vamos estar na lista e caso consigamos chegar antes das 11 da noite não pagamos entrada.

--- Quinta-feira, dia 24 de Agosto ---
Tarde preenchida com visita a alguns dos muitos museus de Estocolmo, caso o tempo não nos queira pregar mais partidas. Após o jantar seguimos para a discoteca mais próxima da nossa residência, Grand Garbo. Mais uma vez, se chegarmos cedo não pagamos entrada.

--- Sexta-feira, dia 25 de Agosto ---
“Festa de corredor” garantida em Lappis, claro que a armada lusitana já foi convidada com bastante antecedência. Pois uma festa não seria festa se não estivesse presente sangue latino. Se este plano não se concretizar, alguma discoteca de Estocolmo estará à nossa espera.

--- Sábado, dia 26 de Agosto ---
O plano para este dia ainda não está completamente definido, mas não deve variar muito dos outros. Só a discoteca é que varia, no entanto a cidade não!

--- Domingo, dia 27 de Agosto ---
Para não pensarem que aqui na Suécia é só festas, o domingo fica reservado para as tarefas domesticas… limpar o quarto, lavar a roupa ir ao supermercado etc. Tarefas que a cada domingo são desempenhadas com maior eficácia.

--- Segunda-feira, dia 28 de Agosto ---
Segundo informações que dispomos, até ao momento, neste dia vamos apanhar um barco por um 1.5€, seguimos para águas internacionais onde se fará a festa.

Como podem ver “uma só palavra do Ninja” custou apenas 47520 minutos…


segunda-feira, agosto 21, 2006

Primeiras Apresentações Estrangeiras

Agora que conhecemos melhor as pessoas com que mais nos identificamos (ou não), chegou a altura de fazer as respectivas apresentações. Deixarei as apresentações portuguesas para depois.

- Michael Benz (à esquerda) -

O homem de que tanto se falava em Portugal e a quem eram tecidos rasgos elogios africanos, revela-se um rapaz pacato, de 25 anos, sempre pronto a bater com a testa nas portas automáticas do metro. Nada que são se remedeie numa semana (a porta claro). Com quase 2 metros de altura e outros tantos de garrafas de vinho no quarto, trazidas de carro da sua terra natal, está na Suécia a estudar Informática e por cá ficará 1 ano.

- Dani -

O espanhol charmoso e guapo. Apesar do sucesso em solo latino, tem fracassado em terras nórdicas. Não me surpreende. A excelsa superioridade lusitana não poupa a concorrência. Com um humor fugaz e inteligente, todos os dias aprende um pouco de português e retribui-nos com insultos complexos na sua língua materna.

- Daniel (à direita)–

Alemão dotado de grande técnica dançarina, mas pouco eficaz. À medida que vamos ganhando mais confiança, percebe-se que tem um humor característico que nos deixa extasiados. Já correu 2 maratonas e vai já a correr para a terceira a 9 de Junho, aqui, em Estocolmo. Estuda Informática e, como os outros alemães, ficará cá 1 ano.

- Patrick (à direita) –

O puto alemão que adora jogar PES. Como é óbvio, fica lixado quando joga contra os tugas. Paciência. Adora a noite, adora dançar e está sempre bem disposto.

- Michael (segundo da direita) e Anders (primeiro da esquerda) -

Um alemão e um austríaco respectivamente. Frequentam a mesma turma de sueco que eu. Alunos aplicadíssimos. O Michael estuda Física e já fez trabalho de assistente, enquanto o Anders estuda engenharia civil.

- Óscar (ao meio) -

O nosso segurança. Ou como dizem os espanhóis, el putero. Com 130 kg de deltóides, tricípetes e bicípetes, ficará por Estocolmo 1 ano e meio, a estudar Informática. Deve estar à espera que a vaca tussa para pagar o que deve do grelhador que comprámos a meias. Óscar sabe!

- Khew (à direita) e Alda (à esquerda) -

Não podia deixar de falar daquelas pessoas que mais me impressionaram nesta estadia em terras nórdicas. Impecáveis, extremamente educados e com uma vivacidade e boa disposição que fazem inveja a qualquer um. Dois singapuros que preferem uma conversa num bar, a uma noite de disco. Acompanharam-nos até Tallin e estão neste momento na Escócia. Espero que se estejam a divertir à brava.

A todos os outros que eu não referi, as minhas desculpas. Quando me ocorrer alguma coisa para os escarnecer, com certeza não os esquecerei, ou como diria o outro, o vulcão jorrará sem escrúpulos...


domingo, agosto 20, 2006

Tallin - Não me conheces!

17/08/06. 18h. Nova partida. Com os céus já conquistados, redescobrimos o mar. Meta, Tallin. Primeiras impressões: navio enorme, quartos minúsculos (cabines de 4 camas) com um aroma a roçar um agridoce fedorento. Proa inacessível. Terra a perder de vista.

Com pouco para fazer, decidimos atacar o farnel previamente confeccionado em casa. Sandes de ovo, salsicha, queijo e fiambre. Faltou a bebida, óptimo para ficar embuchado.

Devidamente apetrechados com um baralho de cartas, ainda houve tempo para um joguito ou outro de sueca antes da banda residente começar a actuar. Porém, a maior diversão da noite foi o jogo do Limbo. O Ninja, o Dani e o Khew participaram. Nenhum conseguiu ficar até ao fim, tendo como mera consolação um toblerone ao invés da garrafa de champagne mais apetecível (para eles). Melhor assim.

Às 23h, novo espectáculo. Na memória, danças variadas e domínio do fogo. Só isto valeu o preço da viagem. Ainda demos um salto ao karaoke, mas 3 músicas depois terminou. Como queríamos estar fresquinhos para o dia seguinte, seguimos directamente para a discoteca. Pouco tempo, sem abusar. Já com os pés em terra firme, seguimos em passo firme para o centro histórico de Tallin. Visitámos os locais de maior interesse, acreditando na boa fé do mapa. Ao almoço, optámos por experimentar um restaurante típico da região. Três notas soltas: honey beer (cerveja quente) não convenceu. Veio, inexplicavelmente, o copo para recordação; a comida também não fascinou. Banal; o preço. Caro.

Com a História de Tallin dominada, passámos à História Moderna: centros comerciais. Ávidos de preços baixos e compras quase megalómanas, rapidamente nos apercebemos que a avidez iria continuar. É certo que é mais barato que a Suécia, apenas isso. Só trouxemos mantimentos para o jantar e pequeno-almoço e algum álcool. Algum, dizem os entendidos. Atestados, seguimos viagem para o barco. Esfomeados e estoirados, lanchámos e passámos pelas brasas. Totalmente recuperados, fomos para a sala de espectáculo. Objectivo: novo assalto às garrafas de champagne do limbo. Chegámos tarde. O jogo (não era o limbo) já tinha começado. Pouco depois, a banda actuava. Deram show! E nós também. Cantámos e dançámos com eles e por eles. As fotos não mentem. E no meio disto tudo, aparecem 3 garrafas de champagne, já pagas, na nossa mesa. Algum benfeitor maravilhado com o charme das meninas… ou meninos. Não interessa. Estavam lá e lá ficaram. Vazias. Com o álcool a desaparecer em demasia pelas gargantas, seguimos para a discoteca. Praticamente sozinhos na pista de dança, voltámos às 3h para o quarto. Último pormenor, o diálogo antes de adormecermos:

(o Henrique já dormia)
Risota – Ruka! Esta viagem/noite merece um post!

Ruka – Está bem, eu escrevo.

Risota – Já disseste que sim, vais escrever. O Ninja é minha testemunha. Ouviste Ninja?

Ninja – Sim sim.


Ruka – Deixa lá, ele diz que sim, mas amanhã não se lembra…


Ninja – Está calado! Não me conheces!


(dia seguinte)
Risota – Ninja, és a principal testemunha, certo?
Ninja – Huh?

Em altas…


sábado, agosto 19, 2006

Trip to Tallin!

M/S Romantika, o nosso barquinho! Os conquistadores...
Almoço típico estoniano. Muralhas da cidade!
A insustentável
leveza do ser!
Ao lado da Igreja
St. Nicholas.
Catedral Alexander Nevski. Numa das muitas
ruas de Tallin.
Do céu... Bonés há muitos.
Há mesmo muitos! Dani, "O Cantor Latino".
Hephaestus, o rei do fogo! No "Starligth Palace".
Limbo! :D Nem o champanhe faltou!
A Banda que nos animou
as duas noites.
Por do Sol...


quinta-feira, agosto 17, 2006

Tá ali,né?...

...Ou Tallin. Capital da Estónia, orgulhosa possuidora de um "poço dos gatos", e provavelmente mercado abastecedor de uma meia dúzia de jovens nos próximos dias.

Arrancamos hoje de barco às 6 da tarde em direcção a Leste, e após uma viagem de cerca de 15 horas (menos, se houver "ondas de cauda") contamos encontrar estónios, preços baixos e um bom sítio para visitar. Como companheiros de viagem vamos ter os nossos amigos portugueses, bem como os já vossos bem conhecidos U-wei Khew e Alda (vídeo das saudades), juntamente com o menos conhecido Dani(catalão).

Ao que parece, vamos passear por lá sem grande rota traçada, deixando-nos levar pelos nossos pés. Se for alguma coisa parecido com o que costumamos fazer em Sundbyberg, provavelmente metade do tempo será passado no supermercado e/ou transportes públicos.

Depois de 7 horas e picos de passeio começaremos o regresso ao barco para nova viagem, que desta vez terá um sabor especial, já que podemos dormir mal (já não temos 7 horas e picos de passeio pela frente) e portanto podemos usar e abusar da discoteca do barco.

Depois de mais 15 horas a gingar no convés/dormir/dançar atracamos em Estocolmo para um calmo regresso a casa de autocarro.

E sábado (à tarde), será outro dia.


quarta-feira, agosto 16, 2006

Nós...vistos do espaço

Ora bem, eu sei que vós leitores andais todos muitíssimo interessados em todos os pormenores da nossa vida quotidiana. Assim, presenteio-vos com umas localizações estilo Big Brother dos sítios por onde mais passamos nestes "dias no norte". (A seguir a cada link está a versão da web, que não obriga a que descarreguem/instalem o Google Earth) Aquilo a que chamamos casa (versão Web) O sítio onde temos/tínhamos aulas de sueco (campus principal da faculdade) (versão Web) O sítio onde vamos ter aulas "a sério" (versão Web) Onde passamos mais tempo - supermercado (há sempre algo a faltar) (versão Web) Para terminar, O sítio para onde nos vamos arrastar inúmeras manhãs, bem cedinho (entrada do metro) (versão Web) Para ver/guardar estas localizações é preciso utilizar o programa Google Earth, disponível aqui. Cordiais cumprimentos, Henrique "que-tem-demasiado-tempo-livre-para-escrever-isto-às-2-da-manhã" Costa (foi escrito às 2 da matina mas só agora publicado por questões...funcionais)


terça-feira, agosto 15, 2006

A pedido de várias famílias...as ditas coxas

Antes do mais, devo dizer que o meu tio D. e o meu pai são uma interessante parelha gastronómica: O meu pai tem a imaginação para criar receitas com as "mariquices" todas (fundos claros e escuros, mirepoix, consommés, etc.) e o meu tio tem a paciência e técnica para começar 3 semanas antes a cozinhar um jantar que faz inveja sem dúvida a alguns bons cozinheiros. Assim, os ocasionais jantares na casa de D. são verdadeiros manjares. Um destes ágapes foi uma tarte de galinha com cerveja stout, e essa receita acabou por ir parar ao livro de cozinha do meu pai - "O Gosto de Bem Comer" - e à minha mesa na Suécia. No entanto, a feita cá foi uma adaptação (esta gente do país do Pai Natal não deve ser fã de massas de empada), retirando-se à receita a parte de tarte e servindo-se somente as coxas e o esparguete. Devo dizer que nós, com o nosso espírito jovem - embora entre nós lhe chamemos por vezes pelintra - decidimos simplesmente comprar o frango inteiro (mais barato) e usar peitos, coxas e asas. O tempo de cortar os pedaços foi mais de metade do total de confecção, portanto estimo que a refeição usando frango já preparado demore cerca de 40 minutos a fazer. Passemos então ao "doce", transcrito quase verbatim da receita do tio (dose para 3 pessoas, aumenta-se à escala): 6 coxas (sem perna) de frango 1 cebola média ralada grossa 1 c.sopa meio cheia de alho ralado fino 2 folhas de louro 2 haste de tomilho 1 c.sopa de óleo 1 c.sopa de manteiga meia chávena de bacon picado 1 cubo e meio de caldo de galinha 5 dl de cerveja preta forte (sem ser guiness) 1 chávena mal cheia de cogumelos inteiros pequenos Dissolver os cubos de caldo numa chávena de água quente e retirar a gordura que vem ao cimo (é mais fácil quando se roda rápido com uma colher e se retira a gordura ao centro). Derreter o bacon no óleo sem escurecer e reservar. Tirar a pele ao frango, passar por farinha e corar no óleo, reservar. Estalar a cebola e alho no óleo e manteiga. Juntar o frango, louro, tomilho, bacon, cogumelos, caldo e cerveja. Temperar com pimenta moída fresca (só por sal no fim por causa dos caldos). Ferver até cozer bem o frango (a desfiar) e o molho ficar grosso e a cobrir bem o frango. Rectificar de sal e pimenta. O meu (e do Ruka) conselho a partir daqui é ter à mão umas fatias de pão, porque o molho vai mesmo dar vontade de ensopar um bocadinho de miolo. Esta receita (devidamente escalada) já nos rendeu 3 refeições, uma entre nós e o Michael - colega de quarto do Ninja para quem não sabe - uma para toda a brigada Tuga (8 pax.), e outra para 2 pessoas ao almoço do dia seguinte. Para terminar, aqui fica uma fotografia do dito prato


Osqvik Party!

Que queda! Se repararem no canto inferior direito aparece o sapato do Bruno... :D
Com os nossos colegas alemães, o Patrick de branco e o Daniel de vermelho!
Depois do mergulho no lago. É de salientar que antes de mergulharmos estivemos na sauna com uma temperatura perto dos 90 graus!
Michael Benz, o alemão que partilha o apartamento comigo.
Se quiserem saber onde é Osqvik. Nota: A cabana que se vê no lago é a sauna.


domingo, agosto 13, 2006

El pibe

Capitão, esta é para ti, com os devidos créditos da malta espanhola: No queremos Kas, No queremos Cola, Queremos lo que toma Diego Armando Maradona!!! Abraço! PS: Kas é tipo fanta.


sábado, agosto 12, 2006

Fotos

Barbecue na residência
A primeira incursão na lavagem da roupa
Convívio no churrasco
Uma das centrifugadoras da lavandaria...


quinta-feira, agosto 10, 2006

O quotidiano na Suécia

Klockan halv åtta vacknar vi (para os menos dotados no domínio da língua sueca: Levantamo-nos às 7h e 30). Comemos e apressamo-nos para o quarto do Henrique (no segundo piso), encontro marcado para as 8h com esperança de ver o Risota já despachado. Fé inútil. Às 8h e 10, esmurramos a porta do quarto dele e às 8h e 20 lá partimos. Após uma viagem de tunnelbana (metro sueco) com mudança de linha em T-Centralen, saímos em Tekniska högskolan mesmo em cima dos 10 minutos de atraso. Controladíssimo.

Curso intensivo de sueco de 2,5 horas diárias com um intervalo de 20 minutos. Aulas multiculturais, panóplia de países: Austrália, Singapura, China, Espanha, Itália, França, Alemanha, etc. Findo o curso, encontramo-nos com o resto do pessoal tuga e ainda com os singapuros para dois dedos de conversa.

Com a barriga já a dar horas, voltamos para casa a magicar no almoço. Carne, carne, carne. Os suecos não comem peixe e o pouco que há à venda é caro. Nem o salmão e o bacalhau escapam. É difícil almoçar a horas decentes. Começar antes das 14h é milagre. De barriga cheia, navegamos um pouco pela net e partimos para uma das actividades preferidas dos espanhóis: siesta.

Para manter a média, dia que se preze tem de contemplar, pelo menos, uma ida às compras. Os sumos são a nossa especialidade, já conseguimos comprar ice-tea e coca por 1 euro. De resto, é tudo estupidamente caro: melão a 2 euros o kg, cerejas a 10 euros o kg, a lista é infindável. O que nos safa é a marca Euroshopper. Boa e barata. A carteira agradece e os pais também.

A próxima actividade é o jantar. Utilizando uma política de rotatividade, os cozinheiros vão variando conforme os seus dotes culinários. Hoje temos coxas de frango com cerveja preta. O Henrique domina.

Novamente com o estômago atestado, enfrentamos o maior desafio diário: trabalhos de casa em sueco. Indigestos. Antes de dormir, ainda há tempo para voltar à net e pôr a conversa em dia com o pessoal em Portugal.

Após outro dia extenuante, pelo menos ao nível do blog, acabo o post com o aroma do jantar a fazer crescer água na boca…


Mais fotos...

O espírito Erasmus...
Na minha cozinha.
City Rally Paper!


A primeira semana

Uma semana! Vertiginosa. O tempo passou a voar e as tarefas por realizar pareciam não acabar. Puro engano. Ao fim de 6 dias entrámos em velocidade cruzeiro, minimamente preparados e apetrechados, pensamos nós, para as próximas 26 (só!) semanas. Veremos. Assim e para vos dar a conhecer um pouco mais da nossa vida sueca, aqui fica o relato, resumido é certo, destes 7 dias transactos: Os apartamentos até são porreiros. Uns mais recheados que outros, sorte para o Ninja que tem tudo e mais alguma coisa e curiosamente é quem menos paga. E por falar em recheio, destaque para a enorme mancha de bolor no interior do frigorífico do Henrique. Acabou por sair, a custo. E ainda deu direito a um desconto de 50 euros na renda deste mês. Sortudo. A universidade: nada semelhante ao que estamos habituados. Parece uma pequena vila, onde não existem muros a delimitar o espaço, muito amplo. Respira-se melhor. No primeiro dia, depois do curso de sueco e do almoço, fomos à recepção dos alunos de Erasmus. Anfiteatro enorme, com capacidade para 500 pessoas, totalmente cheio, a fazer lembrar as universidades dos filmes americanos. Falou o presidente da KTH e mais um rol de pessoas, despejando informação variada, de festas e viagens programadas (ou ainda em estudo) a cuidados médicos e outros assuntos menos interessantes. De seguida, recebemos, de borla, um cartão SIM sueco (vulgo cartão dos telemóveis), já com uma fartura de saldo: 2,5 euros. Nesta altura já tínhamos conhecido os nossos compatriotas: Cristina, Sofia, Ricardo e Bruno e dois singapuros: Khew e Alda. Com os ‘chinocas’ na nossa equipa, fomos destemidos para o City Rally Paper programado. Ficámos a conhecer um pouco da cidade, mas andámos até enjoar, iludidos com uma hipotética oferta de bebida num bar no fim do jogo. Ingénuos! Bebidas não faltavam e os preços elevados também não. Bem sequiosos, voltámos para casa totalmente de rastos, mas já em estágio para o jogo de futebol no dia seguinte. Domínio lusitano no relvado sintético. Franceses, alemães, suecos foram incapazes de travar a superioridade técnico-táctica (ou o tão famoso pontapé p’ra frente) dos novos ‘magriços’. Para não fugir à verdade, admito que perdemos um jogo ao outro (não foi Ninja?!), mas no total, o saldo foi bem positivo. Com uma vida tão agitada, não foi fácil arranjar tempo para ir ao IKEA. Da primeira vez, chegámos a 10 minutos do fecho. Nada de preocupante. Na segunda, e já precavidos, aparecermos 15 minutos antes. Domínio. Próximo destaque, primeira festa na residência em Lápis. Depois de uma hora em transportes, lá chegámos. A pista de dança era numa cozinha e o pessoal deambulava pelos corredores adjacentes. Muita gente, pouco espaço. Mantendo a tradição, fomos dos últimos a abandonar o local e tivemos de esperar que o metro abrisse para regressar a casa, às 7h e pouco. Mas não de mãos vazias. Apercebemo-nos que as garrafas de plástico e as latas de cerveja têm uma espécie de tara. Recolhendo o suficiente para encher 4 sacos, lá seguimos viagem. Ainda renderam 48 coroas. Mais pelintras que isto, é complicado. Com o sábado arruinado, salvou-se o jantar: tomates recheados com pasta de atum. E é aqui que começa a mestria do Henrique na cozinha. E o enjoo do Risota. Destaque ainda para o peixe no forno. Sequinho. Episódio seguinte: praia, que de praia teve pouco. Areia preta e escassa, beira-mar reduzida. Valeu a temperatura da água. Amena. As algas no fundo do mar/lago também não ajudaram. Para compensar, tivemos o primeiro jantar da armada tuga. Nem a bandeira faltou. Cada vez mais suecos, já abrimos conta num banco. Já temos cartão Multibanco e tudo. Faltam os códigos. Os papéis da net também já foram enviados, resta (des)esperar. E agora, se me dão licença, findo por aqui, visto que tenho duas composições, em sueco, para entregar, ou melhor, a Helen faz uma e a Svedin a outra...


Mensagem aos amigos portugueses

Queria só deixar uma mensagem a todos aqueles que visitam o nosso blog: https://l2f.inesc-id.pt/~luis/mensagem_tuga.mov


terça-feira, agosto 08, 2006

"Praia!"

Por estranho que pareça, a água não estava fria...
Deves pensar muito...
Os mergulhadores do dia...
O único que teve juízo...
No fundo, isto era o melhor que se encontrava na praia...